HOMICÍDIOS AUMENTAM 1100% EM POUSO ALEGRE
A cidade de Pouso Alegre, antes símbolo de tranquilidade e desenvolvimento no sul de Minas, agora estampa manchetes que revelam um cenário de colapso. Os dados da Secretaria de Segurança Pública são alarmantes. Houve um aumento de 13,1% nos crimes violentos, 22,7% nos furtos e roubos, e um assustador crescimento de 1100% nos homicídios entre janeiro e abril de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. Esses números não são apenas estatísticas, são um retrato do abandono e do medo que tomaram conta das ruas.
A resposta do poder público tem sido vergonhosa. Em vez de enfrentar a raiz dos problemas com políticas públicas sérias e planejamento estratégico, a atual gestão insiste em um modelo repressivo que beira o autoritarismo. Casos de agressão contra pessoas em situação de rua, como os registrados em Itajubá e dentro do canil do CEMAPA, revelam a face mais cruel e inútil dessa política que insiste em punir em vez de prevenir. Mesmo com denúncias e escândalos, os números da violência continuam a crescer. Não há eficácia na brutalidade, apenas mais revolta e mais vítimas.
Diante desse cenário, a prefeitura anuncia a criação da Guarda Municipal com um efetivo de apenas 50 guardas. Cinquenta. Em uma cidade com mais de 150 mil habitantes e índices de criminalidade em franca escalada. Isso não é uma proposta, é uma piada de mau gosto. É evidente que quem redigiu esse projeto não conhece as ruas de Pouso Alegre ou, se conhece, prefere ignorar a realidade por conveniência política.
O número de pessoas em situação de rua também aumenta a olhos vistos. Muitos desses cidadãos, acabam envolvidos em crimes como furto, tráfico e receptação. Sem políticas de acolhimento, sem saúde mental, sem trabalho, o resultado não poderia ser outro. A cidade está criando e alimentando sua própria crise, enquanto o governo finge combater os efeitos com força bruta e soluções improvisadas.
E aqui vai a pergunta que não quer calar, senhor prefeito, o senhor teria coragem de atravessar as ruas de Pouso Alegre ao cair da noite, sem uma arma na cintura? O senhor encararia o medo que hoje domina o cidadão comum, que volta do trabalho olhando por cima do ombro, que evita sair de casa, que já não acredita mais em promessas?
Pouso Alegre não precisa de desculpas, nem de violência institucionalizada. Precisa de ação concreta, de coragem política, de investimento real em segurança, saúde, assistência social e educação. Chega de maquiagem, chega de improviso, chega de covardia administrativa. A cidade sangra e o poder público se esconde atrás de relatórios e projetos ineficazes. Basta. O povo exige mais do que presença em cerimônias e discursos em redes sociais. O povo exige segurança, dignidade e respeito.